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Importância dos fungicidas protetores na soja

Os fungicidas protetores de múltiplos mecanismos de ação ou multissítios recomendados para o manejo de doenças da soja, são de largo espectro, e podem controlar os principais fungos fitopatogênicos.

Entretanto, a efetividade dos protetores é maior se aplicados antes da penetração do patógeno no hospedeiro, pois agem como uma barreira sobre a superfície dos órgãos vegetais.

A aplicação dos protetores previne a penetração de fungos nas plantas através da inibição da germinação dos esporos e do tubo germinativo, impedindo ou reduzindo as chances de ocorrência das doenças. Portanto, a aplicação de fungicidas protetores é uma opção eficaz no manejo das principais doenças da soja antes que elas se manifestem, com sintomas ou sinais, na lavoura.

 

Características dos fungicidas protetores

Os fungicidas protetores, com múltiplos mecanismo de ação, são inibidores inespecíficos de reações bioquímicas, afetando grande número de processos vitais nos patógenos.

Além da fungitoxicidade inerente, os fungicidas deste grupo dependem de algumas características básicas para sua eficiência completa à campo, podendo ser citado:

  • Necessidade de reagir em meio aquoso, mas sem hidrolisar sobre o hospedeiro, nem lixiviar pela ação da primeira chuva;
  • Capacidade de espalhamento por toda a superfície a ser protegida, mas sem formar uma camada tão fina que comprometa a sua eficiência;
  • Capacidade de redistribuição durante as chuvas, de modo a cobrir áreas não atingidas pelos depósitos iniciais, mas não ocorrendo corrimento excessivo com essas chuvas, nem com a água de pulverização;
  • Devem facilmente formar suspensão em água, mas não tão molháveis a ponto de os depósitos serem facilmente levados pela água da chuva.
 

Protetores no controle da Ferrugem asiática da soja

Para o manejo da ferrugem da soja, desde o início da manifestação desta doença no Brasil, recomendou-se o uso de triazóis e estrobilurinas. 

No entanto, a alteração genética da população do fungo e a consequente resistência desenvolvida por P. pachyrhizi àqueles fungicidas, fizeram com que a recomendação de controle fosse alterada.

Atualmente, pesquisadores têm recomendado a aplicação de misturas de triazóis, estrobilurinas e carboxamidas associadas a fungicidas multissítios, com o intuito de recuperar a baixa eficácia dos produtos que já apresentam redução da sensibilidade e preservar a vida efetiva dos princípios ativos utilizados.

Dentre os fungicidas protetores com maior importância no manejo de doenças da soja, podemos destacar o Mancozebe, Oxicloreto de Cobre e o Clorotalonil, esses três fungicidas apresentam ação multissítio.

Em áreas de estudo onde as misturas sítio específicas de triazóis, estrobilurinas e fungicidas protetores têm sido aplicadas, os resultados demonstraram o aumento da eficiência e da produtividade.

A experiência prática com a aplicação de fungicidas protetores no campo nas últimas duas décadas, indica claramente que o sucesso do controle de doenças com esses produtos depende, entre outros fatores, do grupo químico ao qual pertence o fungicida.

Dessa forma, o conhecimento dos grupos químicos dos fungicidas, suas principais características e performances, é muito importante para o estabelecimento de uma estratégia anti-resistência.

 

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Cuidados na adoção de diferentes estratégias de manejo de doenças

Os fungicidas constituem-se numa parte integral da produção eficiente de alimentos. A perda de eficiência de um fungicida devido à resistência é um problema que afeta a todos e pode trazer consequências perigosas para todos envolvidos no processo produtivo, causando inesperado aumento do custo de produção da cultura além das perdas decorrentes do aumento do dano das doenças.

O monitoramento contínuo é essencial para que as medidas de controle possam ser adotadas no momento correto, a fim de evitar redução na produtividade. 

O método de controle com fungicidas protetores só é eficiente se utilizado de forma totalmente preventiva. A integração de outras medidas no manejo da sua lavoura também é essencial para reduzir a ocorrência de doenças nas áreas cultivadas com soja, tais como:

  • Rotação de cultura com plantas não hospedeiras;
  • Maior espaçamento entre linhas com uma população adequada (favorecendo o arejamento da lavoura);
  • Controle eficiente de plantas daninhas;
  • Adubação equilibrada (adubação com potássio principalmente) são algumas medidas adicionais que podem auxiliar no controle eficiente das doenças.
 

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  • Ao que utilizar (fungicidas, misturas, etc.);
  • Quando (data ideal de cada pulverização);
  • Quanto (número de pulverizações a serem realizadas);
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